Blog

Desenvolvimento Neuropsicomotor aos 18 meses e seus sinais de alerta

18/07/2020

Aos 18 meses a criança explora e é curiosa, fala diversas palavras simples (20-40 palavras) e “palavras-frase”(ex. a criança olha para a mamadeira e fala “mamá”, querendo dizer “eu quero mamar”); diz “não” e balança a cabeça; sabe para que serve e usa com função utensílios comuns como telefone, escova, colher; aponta para partes do corpo; faz rabiscos sozinho; segue comandos verbais de 1 passo sem dica; anda sozinho; pode subir degraus, correr; puxa brinquedos enquanto anda; ajuda a se despir e a se vestir; é empático com outras crianças, compartilha atenção, aponta para compartilhar interesses e brincadeiras; pode ter medo de estranhos e situações novas mas não de maneira rígida;
.
Precisamos ficar alerta se a criança aos 18 meses não anda ou anda na ponta dos pés (até os 18 meses, algumas podem andar na ponta dos pés sem ser sinal de alerta); anda de maneira descoordenada; apresenta hipo ou hipertonia e/ou déficits motores, não imita com ou sem dica; não segue instruções mesmo com dica; brinca de maneira não usual; não dá função aos utensílios; não compartilha atenção; não fala pelo menos 6 palavras; não identifica partes do corpo; faz ecolalias; faz estereotipias; não aponta para compartilhar; não percebe ou se importa quando um cuidador sai; apresenta seletividade alimentar; cai com frequência; não tem noção de perigo; é inquieto; tem dificuldade em lidar com mudanças de rotina e frustrações; tem dificuldade em flexibilizar seu comportamento e emoções; apresenta hiper ou hiporresponsividade aos estímulos sensoriais, é buscador oral (leva tudo à boca, lambe); apresenta distúrbios de sono; prefere brincar sozinho; apresenta comportamentos inapropriados de difícil manejo; tem hiperfoco, prejuízos no contato visual; perde habilidades já adquiridas.

Dra. Deborah Kerches

Dra. Deborah Kerches
Neuropediatria e Saúde Mental Infantojuvenil
Especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Últimas publicações

Burnout e TEA: qual a relação?

Burnout e TEA: qual a relação?

Burnout é caracterizado por um estado de esgotamento caracterizado pela exaustão física e/ou mental de longo prazo relacionada ao trabalho. Embora Burnout seja, por definição, um termo referente ao cansaço extremo relacionado ao trabalho, tem sido muito utilizado no...

ler mais
Por que temos cada vez mais diagnósticos de TEA?

Por que temos cada vez mais diagnósticos de TEA?

Embora hoje num cenário de maior conscientização, ainda há muito preconceito quando o assunto é autismo... Nem sempre por falta de sensibilidade, mas, acredito, muito mais por falta de informação. Isso pode levar pessoas a dizerem erroneamente frases como, por...

ler mais
Shutdown no TEA: o que significa?

Shutdown no TEA: o que significa?

Shutdown é um termo por vezes utilizado para nomear um comportamento reacional a uma sobrecarga emocional e sensorial, a situações estressantes e/ou de ansiedade extrema. Caracteriza-se especialmente por respostas encobertas, ou seja, o indivíduo pouco se comporta de...

ler mais
Meltdown no TEA: o que significa?

Meltdown no TEA: o que significa?

Meltdown é chamado popularmente de “crise”. Trata-se de um episódio em que há perda temporária do controle emocional e dos impulsos de um indivíduo em reação a uma situação estressante, a uma frustração, a sobrecarga sensorial, a algo que leve a um “limite...

ler mais
Camuflagem social e impactos no TEA feminino

Camuflagem social e impactos no TEA feminino

Um fenômeno importante a ser abordado no contexto do espectro autista feminino é a camuflagem social. Camuflagem social é um termo que se refere a um conjunto de estratégias desenvolvidas pelo próprio indivíduo com TEA a fim de “camuflar”/“mascarar” comportamentos...

ler mais
Síndrome de Down (trissomia do 21) e TEA, qual a relação?

Síndrome de Down (trissomia do 21) e TEA, qual a relação?

Cerca de 18 a 39% dos indivíduos com Síndrome de Down (SD) apresentam como condição associada o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Diagnosticar essa associação o mais precocemente possível é importante justamente para poder propiciar melhores oportunidades para que...

ler mais
A linguagem e desafios no diagnóstico de TEA feminino

A linguagem e desafios no diagnóstico de TEA feminino

O cérebro feminino apresenta maior densidade de neurônios em áreas relacionadas à linguagem. Isso afeta a apresentação sintomatológica do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em meninas/mulheres e prevê, entre outros pontos, menores dificuldades para relações sociais,...

ler mais