Blog

Desenvolvimento Neuropsicomotor aos 3 anos e seus sinais de alerta

22/07/2020

Aos 3 anos a maioria das crianças é capaz de imitar adultos e crianças da mesma idade; mostrar afeto por amigos sem ser incentivado; consegue revezar em brincadeiras; esperar a vez; demonstrar empatia; entender a ideia de “meu”, “seu”/”sua”; compartilhar interesses e emoções; consegue se separar com facilidade dos cuidadores; colocar e tirar a roupa sozinho; pode até se aborrecer com grandes mudanças de rotina mas não a ponto de ser algo que a desregule; é capaz de seguir instruções de 2 -3 passos; nomear vários objetos comuns; entender o significado de “dentro”, “em cima”, “embaixo”; consegue falar seu próprio nome, idade, às vezes o sexo e falar o nome de um amigo; já é capaz de usar pronomes e alguns plurais; engajar em uma conversa usando 2 a 3 frases; manusear brinquedos com botões, alavancas e partes móveis; brincar de faz de conta com bonecos, animais e pessoas; montar quebra-cabeças com 3 -4 peças; já consegue começar a quantificar (ex. entende o que 2 significa); copiar um círculo com um lápis ou giz-de-cera; virar uma página de um livro por vez; construir torres de + de 6 blocos; abrir e fechar tampas de jarras ou virar a maçaneta da porta; escalar e correr com facilidade; pedalar triciclo; subir e descer escadas, um pé em cada degrau.
.
Precisamos ficar alerta se a criança de 3 anos não relata eventos passados; não tem interesse em compartilhar uma brincadeira, interesse ou emoções; não imita sem dica; não segue comandos com 2 pedidos; não demonstra preocupação; não compreende “meu”, “seu”; apresenta uma fala precária, ecolalias ou não é verbal; cai muito; apresenta déficits motores, alteração de tônus muscular e/ou sialorréia; não manuseia brinquedos ou utensílios simples; não entende instruções simples; não brinca de faz de conta; não imita; não sabe brincar funcional; não interage com os pares; faz estereotipias; não faz contato visual ou tem baixa qualidade no contato visual; perdeu habilidades antes adquiridas.

Dra. Deborah Kerches

Dra. Deborah Kerches
Neuropediatria e Saúde Mental Infantojuvenil
Especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Últimas publicações

Masking é prejudicial no TEA?

Masking é prejudicial no TEA?

A camuflagem social ou masking envolve um conjunto de estratégias que visam “camuflar”, “mascarar” comportamentos característicos do TEA a fim de se adaptar e atender às expectativas dos mais diversos contextos sociais. A camuflagem social também é uma estratégia...

ler mais
Prematuridade e autismo: existe alguma relação?

Prematuridade e autismo: existe alguma relação?

Muitas pesquisas têm se dedicado a descobrir se o nascimento prematuro contribui de alguma forma para maior risco de autismo, ou, ainda, se prematuridade e autismo podem compartilhar influências genéticas ou ambientais. Um estudo recente, considerado o de maior...

ler mais
O que você sabe sobre gagueira?

O que você sabe sobre gagueira?

A gagueira é um distúrbio neurobiológico da fluência da fala, que se manifesta na infância, podendo persistir na vida adulta. Até 3-4 anos pode ser considerado disfluência e faz parte do processo da linguagem. Quando persiste ou surge depois dessa idade, merece...

ler mais

Bullying e Transtorno do Espectro Autista

O bullying corresponde à prática de atos intencionais de violência, física ou psicológica, cometidos por um ou mais agressores contra um indivíduo ou grupo. Pode gerar prejuízos significativos na vida de muitas crianças e adolescentes, tendo eles desenvolvimento...

ler mais
Nunca foi tão importante falar sobre Saúde Mental

Nunca foi tão importante falar sobre Saúde Mental

Nunca foi tão importante falar sobre Saúde Mental. O aumento de transtornos ansiosos e transtornos de humor, especialmente depressão, entre adolescentes e jovens têm sido significativo nos últimos anos. A situação torna-se ainda mais preocupante com essa pandemia...

ler mais
Cérebro feminino e Transtorno do Espectro Autista

Cérebro feminino e Transtorno do Espectro Autista

🧠Há particularidades no funcionamento cerebral feminino e comportamentos que impactam na apresentação das características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e justificam por que o diagnóstico costuma ser mais tardio em meninas. 🧠Estudos sugerem que o cérebro...

ler mais