A Síndrome de Savant ou Savantismo é caracterizada por um distúrbio psíquico que faz com que algumas pessoas tenham habilidades extraordinárias em áreas específicas, em particular concretas e peculiares, conhecidas também como “ilhas de genialidade” e “prodígios” mas, ao mesmo tempo, mostrem limitações associadas a um déficit cognitivo/intelectual. Apresentam habilidades excepcionais em áreas como cálculos, artes, memória, música, associadas a limitações que afetam, muitas vezes, o poder de comunicação. Esses talentos estão sempre ligados a uma capacidade extraordinária de memória (podem, por exemplo, ler um livro inteiro e decorar cada palavra lida), porém nem sempre com boa compreensão.
Uma pessoa com Síndrome de Savant pode por, exemplo, não conseguir administrar o dinheiro de uma compra mas responder cálculos complexos de cabeça rapidamente; pode ser capaz de executar peças musicais em um instrumento ou com a voz sem conhecimento prévio, entre outros. Embora raro, é descrito na literatura médica desde 1789 e está intimamente ligado ao autismo.
No caso de uma pessoa com autismo e Savant, a genialidade em áreas específicas pode se acentuar uma vez que, se o talento é um hiperfoco, a pessoa irá passar horas se especializando nesta habilidade.
Esta condição ganhou mais destaque após repercussão da série The Good Doctor, em que o personagem Shaun Murphy é um jovem cirurgião com autismo e Savant. Ele é um médico capaz de fazer diagnósticos difíceis porém apresenta grande dificuldade em se comunicar e lidar com os diferentes tipos de demandas sociais.
O diagnóstico é clínico. Há casos em que a criança é diagnosticada com autismo e só mais tarde se observam habilidades extraordinárias e há outros em que o autismo só é observado mais tarde.
As intervenções, em geral, são no sentido de valorizar as áreas de talento, utilizando as facilidades para minimizar a falta de habilidades em outras áreas e em relação às condições associadas.
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