A Apraxia de Fala, pode ser uma comorbidade no Transtorno do Espectro Autista (TEA). Se presente, aumenta as dificuldades para aquisição da fala e fala inteligível.
O diagnóstico diferencial ou comórbido pode ser difícil e exige atenção às particularidades de cada condição.
No TEA é comum atraso ou prejuízo na linguagem receptiva e expressiva (verbal e/ou não verbal) associado à dificuldade de iniciar e/ou manter um diálogo e em contextualizar a fala. Na Apraxia da Fala na Infância (AFI) não há prejuízos na linguagem receptiva e a criança sabe o que quer falar, porém, há comprometimento no planejamento, produção e precisão dos movimentos necessários para a produção da fala e para que ela ocorra no tempo e ordem adequados.
Na AFI há variabilidade de erros nas tentativas de produzir a fala, ou seja, tentativas sucessivas de emitir a mesma palavra podem produzir erros diferentes e, quanto mais extensa a palavra, maior a dificuldade. Alterações prosódicas, como fala mais lenta, alterações de entonação, ritmo e melodia, são secundárias às dificuldades articulatórias da fala. Muitos fazem movimentos silenciosos dos lábios ou emitem sons ininteligíveis. Atos involuntários motores da fala são mais facilmente emitidos. Enquanto bebês, costumam ser mais quietos, emitir poucos sons.
A avaliação deve ser feita por fonoaudiólogo com experiência em (AFI). O tratamento da AFI consiste em intervenções especializadas como PROMPT, Multigestos. A criança deve ser encorajada a encontrar maneiras alternativas para se comunicar ficando, assim, mais motivada para o treino de produção da fala.