Esta semana recebi vários questionamentos a respeito do MMS (Miracle Mineral Solution) e achei importante compartilhar com vocês algumas considerações.
Talvez vocês estejam acompanhando algo sobre a polêmica em torno do uso deste produto que “promete” ser a “cura do autismo” e de doenças como AIDS, câncer, malária, entre outras.
Apesar de ser proibido no Brasil, o produto é encontrado para venda na internet, o que levou a deputada federal @samiabomfim a cobrar explicações da Anvisa na última segunda-feira, dia 15.
Com isso, o assunto ganhou destaque novamente.
O MMS é um produto à base de cloreto de sódio (28%), que quando combinado com ácido cítrico, produz dióxido de cloro que é uma substância química não aprovada e não licenciada para qualquer uso terapêutico. Alguns dos problemas causados pelo uso/ contato com o dióxido de cloro são irritação e lesão de mucosas,
náuseas, vômitos e diarreia. Em casos mais graves, pode causar parada respiratória.
Ele se tornou famoso depois da publicação do livro “Milagroso Suplemento Mineral do Século 21”, de Jim Humble que afirma que a substância poderia promover a “cura para o autismo”. .
Este tipo de informação naturalmente pode iludir muitos familiares e pessoas que estão no Espectro Autista e isto pode oferecer riscos potenciais.
Após o questionamento da deputada Sâmia, a ANVISA se posicionou – “o dióxido de cloro é uma substância química normalmente utilizada em formulações de alvejantes e tratamento de água” que “não existe qualquer indicação ou aprovação deste produto para uso terapêutico” e que “a comercialização de uma substância com indicação terapêutica e sem aprovação da Anvisa é considerada crime contra a saúde pública”, concluindo que irá apurar a denúncia.
Por isso quero reforçar aos pais e pessoas com TEA, que não acreditem em tudo o que leem, que tenham sempre o “pé atrás” com substâncias que prometem cura e que consultem sempre um especialista no assunto e/ou médico que faz o acompanhamento.