Não há dúvidas do quanto benéfica é a atividade física na vida de qualquer indivíduo, mas, quando pensamos nos adolescentes com TEA, algumas peculiaridades merecem ser destacadas. Recebi o estudo “The Effect of Physical Activity Interventions on Youth with Autism Spectrum Disorder: A Meta-Analysis” através da querida @dracarolinaquedas e resolvi compartilhar algumas considerações.
O estudo concluiu que efeitos positivos moderados a grandes foram observados entre os participantes (jovens com autismo) expostos a intervenções visando o desenvolvimento de habilidades manipulativas, habilidades locomotoras, aptidão relacionada à habilidade, funcionamento social, força e resistência muscular.
Vale lembrar que a adolescência é uma fase de grandes transformações, que traz consigo dificuldades em lidar com as próprias emoções, com os impulsos e esses desafios podem ser ainda maiores para adolescentes com autismo. A atividade física vai de encontro a essas dificuldades, sendo especialmente benéfica para os adolescentes com TEA, pois vai ajudá-los a fortalecer a autoestima, autonomia, a enfrentar as limitações com mais disposição e naturalidade, favorecer habilidades e interações sociais entre outros pontos. Dificuldades motoras são frequentes também em adolescentes com autismo, assim como comprometimentos sensoriais, no planejamento e execução motora, e a atividade física, especialmente se voltada para estas questões, trará enormes ganhos.
Em adicional aos benefícios acima descritos, a atividade física auxilia no controle de peso, da pressão arterial, otimiza a sensação de bem-estar, auxilia no tratamento de comorbidades psiquiátricas, melhora a qualidade do sono, além de fortalecer conexões cerebrais e significar novos aprendizados de maneira mais prazerosa e, assim, incorporando-as de maneira mais efetiva.
Link: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29693781