Já sabemos que os estímulos off-line, o brincar, as relações, não podem ser substituídos por telas.
Da mesma forma, devemos reconhecer que a tecnologia não pode ser vista somente como “vilã”: quando utilizada de forma adequada, associada a outros meios de percepção do mundo externo, ela pode ser aliada.
Para se pensar em algum benefício, inicialmente devemos respeitar a idade, acima de dois anos, quando a criança tem acesso a conteúdos, linguagem e design apropriados para essa fase associados a um período de exposição dentro do recomendado.
Alguns aplicativos e jogos são planejados especificamente para o público infantil e podem estimular aspectos positivos relacionados ao desenvolvimento cognitivo, à imaginação e ao uso da linguagem.
Os dispositivos de mídia interativos podem ainda ajudar favorecer um cérebro multitarefa (que é mais dinâmico e consegue passar de forma mais ágil entre diferentes estímulos). Além disso, estimulam o próprio domínio acerca de ferramentas tecnológicas, que certamente serão cada vez mais importantes para a vida adulta especialmente no contexto do mercado de trabalho.
A tecnologia também pode proporcionar muita diversão em família, desde que NÃO seja a ÚNICA atividade nesses momentos de interação entre pais e filhos.
Precisamos reconhecer que as telas tiveram e continuam tendo um papel ímpar durante a pandemia da Covid19. Basta refletir sobre as aulas, atendimentos médicos, psicológicos e os mais diversos tipos de terapias online que as telas proporcionaram e estão proporcionando, além da fácil comunicação com amigos e familiares – o que encurtou distâncias, manteve ou fortaleceu relações e proporcionou conforto, amparo e alegria nos momentos mais difíceis.
É importante, porém, ressaltar que o tempo recomendado para cada faixa etária e conteúdo devem ser controlados.