O Dia Mundial da Paralisia Cerebral tem o objetivo de alertar sobre a necessidade de conscientização, respeito e inclusão das pessoas com paralisia cerebral (encefalopatia crônica não progressiva).
A paralisia cerebral é uma condição decorrente de um insulto cerebral não progressivo que pode ocorrer ainda durante o período gestacional, ao nascimento ou após, comprometendo principalmente a função motora. Dependendo do insulto, pode haver atrasos importantes no DNPM com prejuízos cognitivos/intelectuais, de comunicação, controle de esfíncteres, atenção/concentração, sensoriais, visuais e auditivos, assim como epilepsia, entre outras comorbidades.
Intervenções precoces e multidisciplinares, de acordo com as singularidades apresentadas, são determinantes para o desenvolvimento da criança com PC, para minimizar ou prevenir complicações, melhorar a mobilidade e independência e promover qualidade de vida.
Devido ao comprometimento motor, crianças com paralisia cerebral apresentam dificuldades quanto à exploração do ambiente e de objetos, fator inicial do processo do brincar e da participação com independência das atividades de vida diária e escolar (CIASCA; MOURA-RIBEIRO; TABAQUIM, 2006). Estas dificuldades motoras, seja em maior ou menor grau, impactam negativamente no desenvolvimento nas mais diversas áreas.
Além das intervenções propriamente ditas, muitos estudos têm analisado positivamente a influência do ambiente social, escolar e familiar no desenvolvimento das crianças com PC, enfatizando a importância do brincar simbólico, compartilhado e das brincadeiras ao livre – que, além de diversão, favorecem o desenvolvimento de habilidades motoras, de linguagem, cognitivas, sociais, de afeto e emoções.