Podemos nos comunicar de diversas maneiras e isso permite nos relacionarmos com as pessoas e o mundo ao nosso redor.
No Transtorno do Espectro Autista (TEA), há comprometimento em maior ou menor grau na linguagem receptiva, expressiva e na comunicação social. Não se fazer entender, ter dificuldades em solicitar, expressar desejos e emoções podem causar frustrações, ansiedade, baixa autoestima, comportamentos inapropriados, entre outros.
O PECS – Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (Picture Exchange Communication System), desenvolvido nos EUA por Andy Bondy e Lori Frost, trata-se de um sistema de comunicação aumentativa e/ou alternativa (CAA) para auxiliar pessoas que não são verbais ou que apresentam dificuldades importantes em se expressar verbalmente para que se comuniquem funcionalmente.
O treino com o PECS se dá em 6 fases e deve ser feita após uma boa avaliação do nível de comunicação da pessoa por uma fono especializada e com a participação de todos os envolvidos na sua vida.
Fases: 1. Fazer pedidos através da troca de figuras pelos itens desejados; 2. Ir até a tábua de comunicação, apanhar uma figura, ir a um adulto e entregá-la em sua mão; 3. Discriminar entre as figuras; 4. Solicitar itens utilizando várias palavras em frases simples, fixadas na tábua de comunicação; 5. Responder à pergunta “O que você quer”; 6. Emitir comentários espontâneos (Bondy; Frost, 2001).
O PECS não atrasa a fala e pode inclusive contribuir para o aumento do vocabulário. Pode ser usada precocemente, já com 2 anos de vida, e mesmo aqueles com déficit intelectual podem se beneficiar do uso.
A utilização desse sistema ou outras formas de CAA permite que a pessoa com TEA ou outras condições possa se expressar melhor e ser mais compreendida e, assim, melhorar as interações sociais, diminuir comportamentos inapropriados, bem como melhorar a atenção, independência, rendimento escolar, autoestima e qualidade de vida.