Abusos e exploração sexual contra crianças e adolescentes são uma realidade, ocorrendo na maioria das vezes de forma silenciosa, comprometendo o desenvolvimento e a qualidade de vida desses.
Muitas vezes, a violência é cometida por pessoas próximas. Por isso, é essencial que, além da família, profissionais de diferentes áreas que lidam com esse público estejam atentos para reconhecer sinais de abusos.
Os que sofrem esse tipo de violência certamente têm o desejo de contar o que está acontecendo, mas, nem sempre farão isso de forma clara e/ou com palavras. Podem utilizar-se de gestos ou desenhos, apresentar mudanças de comportamento. Crianças/adolescentes com algum tipo de deficiência são ainda mais vulneráveis já que, em muitos casos, podem não ter recursos suficientes para compreenderem ou comunicarem o que estão vivendo e/ou não receber a devida credibilidade quanto às queixas.
Alguns pontos que merecem atenção:
🆘Medo, passividade ou agressividade desproporcionais diante de certa pessoa e/ou de pessoas de determinado sexo;
🆘Mudanças de comportamento (humor, ansiedade), maior isolamento social;
🆘Regressão no desenvolvimento e/ou no repertório de habilidades adquiridas sem motivo aparente;
🆘Comportamento sexual inapropriado para a idade, interesse incomum em assuntos sexuais;
🆘Manifestação de incômodo ao ser tocado, resistência ao ser trocado, ao banho;
🆘Dor, coceira, inchaço, lesões e/ou sangramento na região genital e/ou anal;
🆘Distúrbios de sono;
🆘Queda no rendimento escolar;
🆘Incontinência urinária e ou fecal
🆘Distúrbios de imagem corporal e alimentares não justificados;
🆘Queixas/sintomas sem causa aparente (como dor de cabeça, vômitos, dor de estômago); etc.
Esses são apenas alguns pontos de alerta. E vale lembrar que cada criança com alguma deficiência tem suas particularidades; por isso, a atenção aos sinais também necessita ser muito particular.