O Transtorno de Pânico (TP) é caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados (podendo ocorrer mais de 1x no dia) e em pelo menos um dos ataques foi seguido por 1 mês ou mais de preocupação persistente de ter novo ataque e/ou alteração comportamental decorrente do ataque de pânico.
🧩Embora não exista uma correlação direta, sabemos que algumas características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem tornar a criança ou o adolescente mais suscetível ao Transtorno de Pânico (assim como a outros transtornos ansiosos ou psiquiátricos), como, por exemplo:
📌Presença de fobias que, em indivíduos com TEA, costumam se mostrar “mais intensas,”;
📌Respostas sensoriais atípicas que podem fazer com que ambientes e situações se tornem aversivos, bem como contribuir para o desenvolvimento de fobias (quando determinados sons, algumas percepções visuais, por exemplo, desencadeiam medos irracionais);
📌Rigidez cognitiva, que inclui dificuldades com mudanças de rotina, em prever e/ou se adaptar a determinadas situações;
📌Prejuízos nas interações sociais que podem fazer com que um compromisso social preocupe e gere expectativas (negativas) excessivas;
📌Literalidade, que pode fazer com que a criança/adolescente com TEA interprete alguma piada, metáfora ou um comentário “ao pé da letra”, de maneira tão negativa a ponto de desencadear medo intenso (por ex., dizer “vai cair o mundo” diante de um temporal pode gerar um medo de dimensão imensurável);
📌Dificuldade em identificar e nomear as próprias emoções, o que também torna mais difícil regulá-las, entre outras características.
✅O TP resulta da interação entre herança genética e a relação do indivíduo com o ambiente – que inclui desde experiências traumáticas até a convivência com adultos ansiosos e/ou estressados (que acabam sendo exemplo para a criança/o adolescente de como encarar a realidade, agir diante dos fatos). Os gatilhos são individuais e é essencial que sejam identificados para que sejam adotadas estratégias no sentido de evitá-los.
✅O tratamento envolve terapia comportamental, rede de apoio, exercícios físicos e, em alguns casos, tratamento farmacológico.