A linguagem não envolve somente o desenvolvimento da fala. Podemos nos comunicar de diversas maneiras e a comunicação é a forma de nos relacionarmos com as pessoas e o mundo ao nosso redor.
Pessoas com autismo apresentam comprometimento em maior ou menor grau na linguagem receptiva e expressiva. Não se fazer entender, ter dificuldade em solicitar, expressar o que sente e deseja pode causar desconforto, ansiedade, baixa auto-estima, muitas vezes culminando em um comportamento inapropriado.
.
A comunicação suplementar e/ou alternativa (CSA) visa oferecer formas alternativas de comunicação não só para pessoas com autismo mas também com outras condições que comprometam o desenvolvimento da oralidade; objetivando possibilitar expressar suas emoções, preferências, desejos; possibilitando aprendizados mais efetivos e autonomia, além de favorecer a socialização.
A CSA não impede o desenvolvimento da fala, como muitos pensam; durante o uso da CSA, crianças, adolescentes e jovens com autismo têm também oportunidades de desenvolver a oralidade.
Os sistemas de CSA utilizam-se de vários recursos para auxiliar nos desafios da comunicação e da oralidade como: sistemas com fotografias, desenhos ou figuras, símbolos gráficos (que ajudam a expressar suas preferências quando aponta uma imagem e/ou coloca em ordem uma série de imagens, a entender regras e horários, por exemplo); sistemas gestuais; uso de ortografia; sistemas combinados; tecnologia assistida (como aplicativos para tablets e celulares, softwares para computadores, ferramentas computadorizadas de voz que podem substituir ou complementar as impressas).
O uso da CSA exige indicação criteriosa e um trabalho de adequação para que as estratégias escolhidas realmente atendam às necessidades de cada um. O respeito e atenção às individualidades fazem o uso deste recurso uma ferramenta de comunicação muito eficaz.