“Cada criança tem seu tempo, desde que…”
Sabemos o quanto um diagnóstico precoce é determinante em casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois permitirá que sejam iniciadas o quanto antes as intervenções, possibilitando ganhos mais efetivos no desenvolvimento da criança e uma melhor qualidade de vida para ela e toda a sua família.
Além de conscientizarmos cada vez mais a sociedade a respeito do autismo, para que pais/responsáveis estejam, entre outros pontos, aptos a suspeitarem dos sinais de alerta para o TEA, necessitamos de profissionais com um olhar treinado para identificar quando algo relacionado ao desenvolvimento da criança não ocorre dentro do esperado.
Muitos pais ao “desconfiarem”de algum atraso ou comprometimento no desenvolvimento de seu filho costumam ouvir que “cada criança tem seu tempo”. De fato, características individuais devem sempre ser respeitadas, porém, “esse tempo” deve estar contido na curva de desenvolvimento típico, ou seja, dentro dos marcos do desenvolvimento (que são habilidades e comportamentos esperados e bem determinados para cada faixa etária).
Nesse sentido, vale destacar o importante papel dos pediatras que, respeitando as particularidades (características genéticas, clínicas, ambientais etc.) de cada criança, deverão, sobretudo, estar atentos aos marcos do desenvolvimento – cognitivo, motor, linguagem, social, e, diante de qualquer desvio nessa curva, encaminhar a criança o quanto antes para investigação e intervenção precoce.