A reabertura das escolas em meio à pandemia da Covid-19 ainda divide “opiniões”. Por um lado, o risco de contágio especialmente neste momento em que o Brasil tem apresentado altos índices de contaminação; por outro, a preocupação com os impactos negativos relacionados ao desenvolvimento das crianças que estão sem aulas presenciais há quase 1 ano.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em nota divulgada em 29/01/2021, se posicionou a favor da reabertura das escolas, pedindo que autoridades governamentais se unam para proporcionar condições estruturais e sanitárias que possibilitem a retomada de forma segura.
O ensino remoto foi a solução encontrada para dar sequência ao ano letivo, o que foi de extrema importância para o período; ainda assim, não conseguiu substituir todo o aprendizado e vivência que o ambiente escolar proporciona às crianças, por diversos motivos, como: a própria impossibilidade de planejamento para que esse tipo de ensino ocorresse de forma mais eficaz; falta de acesso à internet e/ou equipamentos adequados; a dificuldade em estabelecer uma rotina para acompanhamento das aulas em casa com o devido acompanhamento de um adulto, entre outros pontos que levaram inclusive a um número aumentado de abandono aos estudos.
A SBP leva em conta dados que mostram que crianças e adolescentes representam menos do que 1% da mortalidade e respondem por 2-3% do total das internações por Covid-19.
Entretanto, reforça que as atividades escolares devem retornar com a garantia de condições adequadas, que incluem: esquemas de rodízios com escalas alternadas; campanhas de esclarecimento e capacitação para professores e equipes de apoio sobre as formas de prevenção à Covid-19; planejamento estratégico de acordo com as particularidades de cada escola; sanitização dos ambientes; uso de máscaras e álcool gel; controle do fluxo de entrada e saída, entre outras recomendações disponíveis em: https://bit.ly/2Yxmj51.
O documento ressalta a importância de atividades que favoreçam acolhimento emocional e observação do comportamento de crianças com risco de sofrimento psíquico ou com transtornos da saúde física e mental.