O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) é o transtorno neurobiológico mais comum da infância e frequentemente acompanha o indivíduo até a fase adulta. Seu diagnóstico é clínico e possui critérios operacionais bastante claros e definidos. Possui 3 apresentações: predominantemente desatento; predominantemente hiperativo/impulsivo; e combinado. Os sintomas costumam trazer prejuízos nas mais diversas áreas da vida se não tratados. TDAH tem tratamento!
A avaliação precoce por médicos especializados é essencial para o diagnóstico e para um plano de tratamento multiprofissional de acordo com o Guideline da Academia Americana de Pediatria (AAP) – material que oferece diretrizes para o manejo do TDAH em crianças e adolescentes (4 a 18 anos). A última atualização, em 2019, trouxe ênfase nas condições comórbidas e implementação da prática. As principais recomendações incluem:
🎗Problemas acadêmicos ou comportamentais e sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade dão base para os profissionais iniciarem avaliações de TDAH na criança;
🎗Os diagnósticos devem basear-se nos critérios do DSM-5 associados a escalas de classificação de pais, responsáveis, professores/equipe escolar e médicos especialistas.
🎗Menores de 4 anos com sintomas de TDAH devem ser encaminhados para terapia comportamental com treino de manejo comportamental junto aos pais/responsáveis.
🎗De 4 a 6 anos, o tratamento inclui intervenção comportamental com treino de pais e suporte escolar; de 6 a 12 anos, intervenção comportamental com treino de pais, suporte escolar e medicamentos (se necessário); e suporte escolar, medicamentos e apoio para fases de transição em maiores de 12 anos.
🎗Não há orientação de medicação para crianças de 4 a 6 anos, especialmente psicoestimulantes.
🎗Comorbidades ( ansiedade, depressão, transtornos de linguagem e aprendizado, uso de substâncias etc.) devem ser avaliadas e gerenciadas.
🎗Uso de substâncias deve ser rastreado entre os adolescentes.
O tratamento adequado será determinante para o desenvolvimento e qualidade de vida das crianças e adolescentes com TDAH.